sábado, 15 de novembro de 2008

O novo tutor de Rose

Tendo em conta o excesso de bases e a notória falta de um extremo/poste possante, capaz de, ao mesmo tempo, marcar pontos e garantir ressaltos - do estilo Carlos Boozer (Utah Jazz), Kevin Garnett (Boston Celtics) ou Amare Stoudemire (Phoenix Suns) -, foi com alguma surpresa que recebi a notícia que os Bulls contrataram Lindsey Hunter. Afinal, por que motivo John Paxson propôs um contrato a um base de… 37 anos, que está na recta descendente da carreira e que, ainda por cima, colocou a folha salarial acima da barreira que obriga as equipas a pagar um imposto?
A longa ausência de Hinrich, devido a lesão, é uma das explicações, mas existe uma outra que julgo ser bem mais importante: a liderança da equipa. Bem sei que Deng e Gooden, os outros capitães dos Bulls, deveriam desempenhar esse papel, mas ambos ainda não têm experiência suficiente e, mais do que isso, nunca venceram um campeonato. Hunter já. Foi em 2004, ao serviço dos Detroit Pistons, equipa onde passou grande parte da carreira. Por isso, tem as características essenciais para monitorizar Rose, explicar-lhe como ser um campeão e substituí-lo no “cinco” sem que Chicago fique a perder muito, pelo menos em termos defensivos, no qual é especialista. E desde que não passe a vida a desperdiçar lançamentos, como Larry Hughes, acredito que não prejudicará muito o ataque.
Devido à tal quantidade de bases da equipa - não sei o que Paxson está à espera para fazer uma troca -, o mais provável é que Hunter não venha a ter muitos minutos no jogo desta noite, frente aos Indiana Pacers. Rose, como sempre, será o base titular e a seu lado no cinco inicial deverá ter Gordon, Deng, Tyrus Thomas e Gooden. Por ser o último jogo em casa até ao dia 2 de Dezembro, os Bulls, que estão a realizar um arranque bem mais promissor do que no ano passado, têm a “obrigação” de vencer. Afinal de contas, sempre é melhor partirem para a digressão pelo Oeste, onde vão defrontar Lakers, Spurs, Nuggets, entre outros, com um registo de cinco vitórias e cinco derrotas - em 2007/08 a marca era de dois triunfos e sete desaires –, do que com um saldo negativo.

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